AS BLASFÊMIAS DA COPA DO MUNDO
Era o Brasil contra a Costa do Marfim. A nossa seleção vinha de uma vitória sem graça sobre a Coréia do Norte. Luis Fabiano, o fabuloso, centroavante com pretensões a artilheiro do mundial ainda estava devendo uma boa apresentação. De repente, a bola vem em sua direção, e para aproveitar o lance, ele domina a bola com a mão. O Juiz não viu, os bandeirinhas não sinalizaram, e o lance termina em gol do Brasil. Durante a comemoração, o juiz aproxima-se do atacante e, discretamente, pergunta se a bola havia sido dominada com a mão. Sem cerimônia, Luis Fabiano nega, deixando registrada sua mentira diante dos olhos do mundo.
Pior do que a mentira foi a explicação em uma entrevista posterior. Alguém comenta sobre o gol de mãos e ele arremata: “Foi a mão de Deus”. E não duvido que até orações de agradecimento tenham sido feitas pelo gol irregular. O mundo achou legal, os brasileiros fizeram piada (como sempre!), Galvão fez referência aos ‘deuses do futebol’, mas, até onde se sabe, ninguém levantou a voz para repreender o Fabuloso, que jocosamente chama Deus de trapaceiro.
Mas os ‘hermanos’ não ficam atrás no quesito blasfêmia. Há muito chamam Maradona de ‘dios’, chegando até a criar uma igreja para adorar o ídolo. E quanto a Messi, o goleador argentino, logo recebeu o epíteto divino de ‘messias’. Era um dios orientando a seleção, e o messias suando a camisa. Era blasfêmia dupla, e a Argentina agora volta para casa duplamente envergonhada, após sofrer uma goleada de quatro a zero da Alemanha.
Normalmente, Brasil e Argentina tem veneração por suas seleções. E quando uma delas ganha a copa, a veneração transborda para fanatismo, numa histeria blasfema que certamente resulta em desprezo ao Deus do céu. Nessa manifestação religiosa, a santidade de Deus é desprezada, pois o entorpecimento espiritual desemboca em devassidão, quando os adoradores refletem nas suas ações o caráter das divindades adoradas. Sem o hexa, teremos menos consumo de álcool e de drogas, menos carnaval e bem menos veneração de homens. Sem falar que o país volta a trabalhar. Também, corremos menos risco de despertar sobre nosso povo a ira de Deus por causa de palavras blasfemas.
O conselho do apóstolo João continua valendo: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”. É preciso ficar atento, pois o mundo é cheio de ídolos, em especial, o mundo dos esportes. O mundo não se espanta com as maravilhas de Deus, mas delira com os feitos insignificantes dos seus ídolos. Basta um atleta ou uma equipe atingirem uma marca inédita, imediatamente nasce uma legião de adoradores, deixando alguns com a pose de semideuses.
O Brasil parece desolado com a derrota para a Holanda, e procura uma explicação para a desclassificação diante de uma equipe visivelmente inferior. O país ficou cabisbaixo com um vácuo na alma, efeito comum para quem adora ídolos.
Daqui a quatro anos, a tenda dos deuses será aramada no Brasil. Preparemo-nos desde já para não permitir que naqueles dias a idolatria e as blasfêmias nos contaminem, mas continuemos adorando somente a Jesus.
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.
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