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O Casamento Judaico | ||||
O Dia do Casamento | Convidados especiais | |||
Micvê, o banho ritual de corpo e alma | Cobrir o rosto da noiva | |||
O jejum do dia do casamento | O casamento | |||
O Kitel | As velas | |||
O Talit | O cortejo | |||
O vestido da noiva | A chupá - o pálio nupcial | |||
O contrato de noivado | As sete voltas | |||
O contrato de casamento | Kidushin - consagração | |||
Cabalat Panim - cerimônia de saudação aos noivos | A aliança | |||
A recepção da noiva | O ato de quebrar o copo | |||
A recepção do noivo | ||||
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CONSAGRAÇÃO DE UM CASAMENTO JUDAICO
1º No dia do casamento é mantido o jejum, as orações, o tsedacá e a reflexão espiritual. Assim são perdoados pelos pecados cometidos antes do casamento.
2º A imersão no micvê eleva um ato físico em um ato imbuído com a santidade Divina. Isto atrai as bênçãos Divinas de paz e harmonia e tudo de bom no meio do lar e da família.
3º O noivo veste sobre o terno uma espécie de mortalha, chamada de “chupa” ou Khupá (pronuncia-se rupá).
4º A noiva como costume, presenteia o noivo com o “talit” novo (xale de orações). E o noivo a presenteia com um par de castiçais.
5º Normalmente a noiva usa vestido de tons claros.
6º É assinado o contrato de casamento, o “Ketubá”, antes da cerimônia de casamento. Após a leitura as mães dos noivos quebram um prato de porcelana, simboliza que a porcelana quebrada nunca pode ser concertada, como o contrato de casamento. Nesse contrato estão escritos as obrigações do noivo perante a noiva.
7º A primeira celebração, onde os noivos são cumprimentados pelos familiares e amigos, chama-se “Cabalat Panim”. Os noivos são separados e as recepções também (os noivos não se vêem por dias antes do casamento). Nesse dia noivo e noiva, cada um sentado em seu trono são tratados como rei e rainha pelo convidados. Em certas comunidades, o noivo, recita um “Maamar” (discurso do Torá) sobre o significado espiritual do casamento.
8º Os judeus acreditam que seus antepassados mortos descem a terra para participar dos casamentos de seus entes queridos. Por esse motivo em enterros usas-se a expressão: “Of simches”, (Somente em festas) aos parentes que sofreram a perda. Sabe-se que a alma da pessoa falecida estará presente na próxima celebração de uma festa judaica da família (brit-milá, bar-mitsvá, casamento).
9º A última etapa preparatória para o casamento ocorre quando o noivo, acompanhado por seus pais e todos os convidados, se dirige até o local onde a noiva está recebendo os convidados. Lá, ele coloca o véu sobre a cabeça da noiva, as mães ao lado da noiva. Cobrir os cabelos simboliza a modéstia que caracteriza as virtudes da mulher judia. Outro motivo pelo qual o noivo cobre o rosto da noiva é que a Presença Divina irradia do rosto da noiva neste momento, e por isto deve ser coberto. Representa também que o noivo não se interessou por ela pela beleza física e sim pelas suas qualidades espirituais.
10º No seu caminho para a “chupa”, o noivo, junto com seus acompanhantes, faz uma rápida parada num local onde vestirá o kitel, manto branco, e prosseguem até a chupá seguido pela noiva, acompanhadas pelas duas mães (segurando velas) e pelas mulheres presentes.
11º É costume que os noivos não levem nada nos bolsos, nem usem jóias durante a cerimônia da chupá, para indicar que cada um é aceito pelo outro por aquilo que é e não por causa das suas posses. Outro motivo é que o noivo, no dia do seu casamento, é como o Cohen Gadol (o Sumo Sacerdote) em Yom Kipur, quando entrava no santo dos Santos. Lá ele usava uma roupa branca simples, sem bolsos e sem trajar suas roupas douradas.
12º A cerimônia do casamento deve ser realizada preferivelmente sob céu aberto, A cerimônia ocorre sob a chupá, cobertura ou proteção, que representa a casa que o novo casal irá estabelecer unido. A chupá por cima da cabeça dos noivos simboliza que estas duas almas estavam inicialmente interligadas e unidas, e que seu encontro e casamento constituem realmente uma reunificação.
13º Ao chegarem à chupá, a noiva, os pais (e, segundo a tradição de alguns, até os avós) circundam o noivo sete vezes. Este é um costume de origem cabalística, difundido apenas entre as comunidades judaicas ashkenazitas (ocidentais). As voltas são alusivas aos sete dias da Criação. O Rebe explica o significado das voltas da noiva, e da colocação do anel, adquirido pelo noivo, no dedo da noiva. Após terminar as sete voltas, a noiva fica ao lado direito do noivo, em sinal que estará sempre a seu lado para qualquer ajuda.
14º O casamento é uma mitsvá, preceito Divino, uma bênção é recitada antes de sua execução em agradecimento.
15º O ato final da cerimônia é a quebra de um copo de vidro pelo “chatan”, lembrando a todos que mesmo na maior alegria pessoal devemos lembrar a destruição do Templo Sagrado de Jerusalém e continuar a almejar pela sua reconstrução. Lembra as primeiras Tábuas da Lei.
16º Ao som do copo quebrado, a atmosfera solene é rompida e substituída por danças e música. O casamento será fortalecido a cada dia através do entendimento entre ambos, dos limites do outro, companheirismo, amizade, carinho, amor, respeito e cumprimento das leis de pureza familiar.
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